A QUARTA PAREDE, um filme curto. Com Daniel Kronenberg e Giuliana Maria
http://www.youtube.com/watch?v=HotPhC7QH2w
PRAÇA DO RELÓGIO

A cotovia canta. O quero-quero canta. O pardal canta e faz uma pose em cima da pedra cinza. Mal se vê as orelhas levantadas de um cachorro atento não sei em que, que late vez ou outra. Uma árvore. E outra. E outra. Um cogumelo verde iluminado pela exuberante e minguante lua de uma noite de outono. Uma pedra. E outra. E outra. Um relógio. Muitas pedras e cimentos e tijolos e concreto, atravessando o rio. Villa-Lobos. A ilha subversiva e submersa da anti tecnologia estudantil prevalece, no plano da utopia, sobre a obscuridade cosmo paulistana.
Que se diga da utopia um sonho somente, já é o bastante. Apenas um sonho.
É hora de enfrentar a plasmose zooférica da retaguarda capitalista, deixar de lado a utópica possibilidade do idealismo artístico e arqueológico e colocar o leite na geladeira da pandora.
NO PAPEL DA VÍTIMA – CRÍTICA TEXTUAL SINÓPTICA


O que eu devo fazer? Dá-me um conselho.
Por que tanta pressa? Você não chega a lugar algum sem faculdade.
O caranguejo tem cheiro de mijo.
Irmãos Presniakov. A descarga do banheiro da casa dos meus pais. Valya. Uma impossibilidade transgênera de envolvimento cultural. Desperdiçar o tempo num mundo cão. Inspetores investidos do espírito de nariz vermelho, assim como o sargento, assim como o cozinheiro, assim como o maestro virtual da orquestra de câmara, que foge, aos arrepios, do palhaço piolin e seu assistente arrelia. É simples. Muito simples. E cerveja? Tem? E bolo de semente de papoula? ...ele é inteligente, mas ele não ta nem aí, ta cagando e andando pra isso...
A essa altura isso é importante?
‘Começando a reconstituição do crime referente ao caso da reconstituição do crime feita pelo Inspetor C. D. Chnurov...’
Faculdade de Filologia da Universidade Estadual dos Urais (Universidade Gorki, em Ekaterinburg) Oleg e Vladimir. Um gravador no armário. Perplexidade.
NO PAPEL DA VÍTIMA
EAD – Turma 58
Direção de Ariela Goldman
De 8/7 a 2/8, quarta a sábado, 21h e domingo, 20h
No Teatro Laboratório da ECA
Campus da Cidade Universitária
Entrada gratuita
ARROTO

A explicação terminológica dos terminais explicativos não se obstam por si mesmas somente no prisma categórico das emoções psicofísicas inspiradas no método de Constantin, mas também dentro da abrangência retumbante das ervas daninhas universais em suas excelentes bizarrices mitocondriais.
A chateação gerada das profíquas balanças mancas, ao certo, reconhece-se na base pictórica das camuflagens autoperambulares. Nisso reside o ponto central da questão sistêmica do militarismo ruralista no Rio Araguaia. O caleidoscópio lunar traz detalhe da bandeira norte-americana fincada pelo tripulante da Apollo 11.
Por sua vez, o microscópio flagra a deficiência renal a partir do núcleo da célula do sangue subtraído de um diabético.
Nos Estados Unidos, o Mac Donald´s vendeu bilhões de Bic Mac. E trilhões de coca-cola. Um Yes soltado do diafragma. Cheiro de picles. A visceralidade sustentável é programada com libertinagem proporcional à falta de pudor sociológico.
Os assuntos secretos da diretoria legislativa da capitania hereditária vêm à tona num momento em que a anestesia midiática se faz potente na ludibrio organizado pelos coronéis. O escândalo das equimoses epiteliais da laringe, ao escapar da parede quando o arroto passa em direção ao princípio da língua, é um exemplo da temática pertinente aos jardineiros e mordomos e motoristas pagos pelo Senado Federal. E vice versa.

USP, NOVE DE JUNHO DE DOIS MIL E NOVE – UM ENSAIO SOBRE O CONCEITO DA ESTÁTUA VIVA
(Referência ao triste episódio ocorrido entre membros da comunidade universitária e a força tática da Polícia Militar do Estado de São Paulo)
Se a estátua não se move, a estátua viva, por sua vez, é viva em seu não movimento.
Se imaginarmos uma estátua viva no parque do Ibirapuera, numa tarde de domingo, tirante o fato do chapéu passado, teremos um exemplo perfeitamente hipotético daquilo que se toma como premissa básica do próprio conceito da estátua viva.
Para o domingueiro a passeio no parque, a estátua é imóvel. Porém, se adentrarmos as células e músculos e ossos e sangue e veias e artérias e órgãos e olhos e pulso e ritmo da estátua, veremos que ela está mais viva do que nunca. Um anseio e desejo e necessidade de se fazer notar perante a apatia semântica do funcionário público com seu cachorro, da doméstica e o cobrador de ônibus que levam seus filhos para fazer um piquenique no parque, do juiz de direito que pratica Cooper numa bela tarde ensolarada de domingo de quase inverno.
Tudo isso para trazer à metafórica revelação o episódio dos estudantes da Universidade de São Paulo, e seus funcionários, e seus professores. Transbordamento de vísceras surpreendentes, vibrantes e tonificantes.
A Força Tática da Polícia Militar transfere ao âmbito institucional a responsabilidade de infringir as leis constitucionais de garantias fundamentais dos direitos humanos.
A USP virou praça de guerra. Os escudos e capacetes blindados cuspiam fumaças derivadas das famosas bombas de efeito moral e gás de pimenta malagueta, a mais forte.
O prédio da faculdade de letras e filosofia virou câmara de gás. Não foi bolinho não.
São níveis diferentes de envolvimento cultural, numa explícita, mas deslocada citação aos irmãos Presniakov, em ‘No papel da vítima’.
Como se a reitoria e o governo do Estado e a mídia na sua imensa maioria fossem transeuntes domingueiros que passeiam no parque de domingo de tarde e não enxergam as células e os músculos e as artérias e as idéias e os pulsos e o ritmo e os anseios e os desejos e as necessidades dos estudantes, dos funcionários, dos professores da universidade de São Paulo, que não passam de estátuas vivas aos olhos alheios e indiferentes e desinteressados.
Como manifestação de repúdio absoluto contra a invasão da Polícia Militar no campus da USP, no Butantã, em São Paulo, bem como contra o disparo desenfreado de agressões desconexas contra os estudantes, deixo aqui meu subscrito.
Seu Molina.
NA RUA

Eu vi um cachorro marrom lambendo a água da sarjeta da Avenida Cidade Jardim. Na caranga muitas coisas se perdem. O vulto da vermelhidão semafórica perpetra cintilantemente na faixa listrada um holofote devasso que interrompe o fluxo pneumático do trânsito cosmo lunático.
A luz do poste, que se funde com a lua ao olhar de olhos desenraizados, ilumina a superfície diagonal do estabelecimento precoce da relação biográfica de Marta Suplicy com a mapografia panorâmica da cidade de São Paulo.
A aparição repentina da autosuficiência regida sob a forma de pequenos morcegos ensangüentados translucida, através das travessas e becos diagonais, as transversais atravessadas na noite.
Com o auxílio de uma insígnia supervalorizada e um cano de ferro chumbado, os homens de bonés cinzas andam em seus carros iluminados e barulhentos. Equipados e sempre alertas, a ronda programática é feita diuturnamente sob a égide de sãos padroeiros e correligionários.
Por outro lado, a água que o cachorro vira lata bebia exerce a função, nessa parábola abstemológica, da precariedade sintomática das anomalias urbanas próprias dos elementos caóticos da cidade grande em dias de muito chuva. Sete mil garrafas pet, entre refrigerantes e águas e sucos e iakultes, trezentos potes de requeijão e iogurtes, alguns vazios e outros estragados, e a lixeira suburbana se consome vagarosamente implodindo as fundações palaciais de forma a perdurar para a eternidade a imagem arrasadora da destinação institucionalizada.
A luz do poste, que se funde com a lua ao olhar de olhos desenraizados, ilumina a superfície diagonal do estabelecimento precoce da relação biográfica de Marta Suplicy com a mapografia panorâmica da cidade de São Paulo.
A aparição repentina da autosuficiência regida sob a forma de pequenos morcegos ensangüentados translucida, através das travessas e becos diagonais, as transversais atravessadas na noite.
Com o auxílio de uma insígnia supervalorizada e um cano de ferro chumbado, os homens de bonés cinzas andam em seus carros iluminados e barulhentos. Equipados e sempre alertas, a ronda programática é feita diuturnamente sob a égide de sãos padroeiros e correligionários.
Por outro lado, a água que o cachorro vira lata bebia exerce a função, nessa parábola abstemológica, da precariedade sintomática das anomalias urbanas próprias dos elementos caóticos da cidade grande em dias de muito chuva. Sete mil garrafas pet, entre refrigerantes e águas e sucos e iakultes, trezentos potes de requeijão e iogurtes, alguns vazios e outros estragados, e a lixeira suburbana se consome vagarosamente implodindo as fundações palaciais de forma a perdurar para a eternidade a imagem arrasadora da destinação institucionalizada.
'MEDIANO' - uma crítica teatral

MEDIANO – COM MARCO ANTONIO PÂMIO, DIREÇÃO DE NAUM ALVES DE SOUZA E TEXTO DE OTAVIO MARTINS
MEDIANO – Uma crítica Mediano. Um perigo. Radicalização de subterfúgios. O limite da usurpação da máquina pública. Atualíssimo. Instantâneas e constantes e subseqüentes bizarrices sobre a esteira rolante ao abismo. Brasil, o país do futuro, segundo Stefan Zweig, pensador alemão exilado em terras tupiniquins desde 1941 até o ano de sua morte suicida, oito meses mais tarde.Mas voltemos à esteira rolante ao abismo de incongruências congressistas do congresso nacional. O assunto, neste caso. O texto potente de Otavio Martins, aliado à direção sutil de Naum Alves de Souza, mais a multinterpretação aterrada de Marco Antonio Pâmio, entre outros, se unem numa unidade concreta de imagens superpotentes e perfurantes e...é o espetáculo. No SESC Pinheiros. E depois no Parlapatões. Um tema da brasilidade secular. Desde que o samba é samba. Desde que o futebol é futebol. Desde que o homem é um homem...a corrupção. Enraizamento de costumes podres de surrúpios de bens alheios. No caso, a verba pública. Milhões desviados. Um retrato poético e plausível da plácida margem do Ipiranga retumbante e sua política, em especial o congresso nacional, em Brasília-DF.Assistam. Ótimo espetáculo. Parabéns a todos. Seu Molina.
MEDIANO – Uma crítica Mediano. Um perigo. Radicalização de subterfúgios. O limite da usurpação da máquina pública. Atualíssimo. Instantâneas e constantes e subseqüentes bizarrices sobre a esteira rolante ao abismo. Brasil, o país do futuro, segundo Stefan Zweig, pensador alemão exilado em terras tupiniquins desde 1941 até o ano de sua morte suicida, oito meses mais tarde.Mas voltemos à esteira rolante ao abismo de incongruências congressistas do congresso nacional. O assunto, neste caso. O texto potente de Otavio Martins, aliado à direção sutil de Naum Alves de Souza, mais a multinterpretação aterrada de Marco Antonio Pâmio, entre outros, se unem numa unidade concreta de imagens superpotentes e perfurantes e...é o espetáculo. No SESC Pinheiros. E depois no Parlapatões. Um tema da brasilidade secular. Desde que o samba é samba. Desde que o futebol é futebol. Desde que o homem é um homem...a corrupção. Enraizamento de costumes podres de surrúpios de bens alheios. No caso, a verba pública. Milhões desviados. Um retrato poético e plausível da plácida margem do Ipiranga retumbante e sua política, em especial o congresso nacional, em Brasília-DF.Assistam. Ótimo espetáculo. Parabéns a todos. Seu Molina.
'PALHAÇOS' - uma crítica

OS PALHAÇOS DOS ENCONTROS – CRÍTICA AO ESPETÁCULO ‘PALHAÇOS’, TEXTO DE TIMOTCHENKO, DIREÇÃO DE GABRIEL, ATUAÇÃO DE DAGOBERTO, DANILO, DEPENDE.
07 maio 2009
Cruel sentido sobressai na leve sublevação conectiva entre duas mascaras que revelam e escondem ao mesmo tempo.
Aquele que busca conforto no desconhecido pode dar de cara com um buraco negro no qual se perderam todos os sentidos.
Por outro lado, a solidão mora ao lado do orgulho de não aceitar-se em sua ingenuidade. Quem procura reconhecer-se a partir do outro não pode perceber seus próprios frutos; que lhes conferem identidade.
Qual capacidade psico-física do palhaço que, ao revelar-se na relação com o outro, revela nada menos que o outro.
O limite tênue do riso entalado para o choro fugido da garganta transforma-se em gota salgada que escorrega só pela janela da alma.
Uma relação pesada e, contudo, quase psicodramática.
Expurgação dos medos de quem olha de fora.
Pânico caótico por trás da máscara. Desequilíbrio constante. Escuta de duas vias eleva à máxima potência a escuta do vértice contrário do triângulo. Extrema conexão com a platéia.
Excelente espetacular exercício.
Seu Molina.07 maio 2009
Cruel sentido sobressai na leve sublevação conectiva entre duas mascaras que revelam e escondem ao mesmo tempo.
Aquele que busca conforto no desconhecido pode dar de cara com um buraco negro no qual se perderam todos os sentidos.
Por outro lado, a solidão mora ao lado do orgulho de não aceitar-se em sua ingenuidade. Quem procura reconhecer-se a partir do outro não pode perceber seus próprios frutos; que lhes conferem identidade.
Qual capacidade psico-física do palhaço que, ao revelar-se na relação com o outro, revela nada menos que o outro.
O limite tênue do riso entalado para o choro fugido da garganta transforma-se em gota salgada que escorrega só pela janela da alma.
Uma relação pesada e, contudo, quase psicodramática.
Expurgação dos medos de quem olha de fora.
Pânico caótico por trás da máscara. Desequilíbrio constante. Escuta de duas vias eleva à máxima potência a escuta do vértice contrário do triângulo. Extrema conexão com a platéia.
Excelente espetacular exercício.
NUM LAGO DE PATOS E CORVOS

Um lago. Sujo. Fedido. Feio.
Numa margem, patos. Noutra, corvos.
Havemos de denominar este ponto de vista, o do autor, o dos patos. Portanto, por conseqüência, havemos de denominar o lado dos corvos de o outro lado.
Feitas as elucidações preliminares, passamos a relatar o que houve naquele literalmente fatídico dia – ao menos é o que se deve ou pode deduzir da presença de abutres – no qual a comunidade patolina assistiu ao falecimento precoce do patinho que mal tinha largado as fraldas.
Todos guardavam o corpo do patinho em cima de um tronco de madeira dentro de uma pequena barraca improvisada, com uma caixa d´água e até um pequeno barco na borda do lago. Todos os patos, em volta do dito cujo, entoavam canções fúnebres ancestrais, que datavam de mil setecentos e oitenta e nove, quando um ‘french-duck’ como era conhecido, morreu decapitado junto com seu dono, o rei da França.
A revolução deixou a comunidade de patos perplexa. Todos os patos de Paris vieram aos muros da Bastilha e criaram La marseillaise patolina.
Essa toada chegou a São Paulo quando, confundidos com galos e galinhas saudáveis fugidas da gripe espanhola, na década de trinta, patos franceses, os famosos french-duck, mas também patos ingleses, alemães, holandeses, italianos, gregos e, principalmente, espanhóis, vieram nas primeiras imigrações e desembarcaram no porto de Santos.
E desde lá as canções fúnebres fazem parte do cotidiano funerário dos patos.
Fato é que, em dois mil e nove, cerca de trinta patos cantavam La marsellaise patolina em versão tupiniquim.
Quando já estavam finalizando o rito, se ouviu um piado corvalino. E de repente mais um piado corvalino. E os piados corvalinos, do nada, começaram a surgir mais intensos e avolumados.
Da janela da cabana, via-se a margem oposta repleta de corvos famintos em busca de um pedaço de carne fresca; o precoce patinho que mal tinha largado as fraldas.
Os corvos, ou abutres, ou urubus, se amontoavam cada vez mais e sobrevoavam a cabana dos patos com uma pachorra inacreditável. Os patos não poderiam vacilar. Qualquer bobeada seria o fim.
Uma das máximas da toada patolina diz respeito exatamente a isso: nunca deixe de amar e proteger seus mortos assim como aos vivos.
A batalha seria dura.
Numa margem, patos. Noutra, corvos.
Havemos de denominar este ponto de vista, o do autor, o dos patos. Portanto, por conseqüência, havemos de denominar o lado dos corvos de o outro lado.
Feitas as elucidações preliminares, passamos a relatar o que houve naquele literalmente fatídico dia – ao menos é o que se deve ou pode deduzir da presença de abutres – no qual a comunidade patolina assistiu ao falecimento precoce do patinho que mal tinha largado as fraldas.
Todos guardavam o corpo do patinho em cima de um tronco de madeira dentro de uma pequena barraca improvisada, com uma caixa d´água e até um pequeno barco na borda do lago. Todos os patos, em volta do dito cujo, entoavam canções fúnebres ancestrais, que datavam de mil setecentos e oitenta e nove, quando um ‘french-duck’ como era conhecido, morreu decapitado junto com seu dono, o rei da França.
A revolução deixou a comunidade de patos perplexa. Todos os patos de Paris vieram aos muros da Bastilha e criaram La marseillaise patolina.
Essa toada chegou a São Paulo quando, confundidos com galos e galinhas saudáveis fugidas da gripe espanhola, na década de trinta, patos franceses, os famosos french-duck, mas também patos ingleses, alemães, holandeses, italianos, gregos e, principalmente, espanhóis, vieram nas primeiras imigrações e desembarcaram no porto de Santos.
E desde lá as canções fúnebres fazem parte do cotidiano funerário dos patos.
Fato é que, em dois mil e nove, cerca de trinta patos cantavam La marsellaise patolina em versão tupiniquim.
Quando já estavam finalizando o rito, se ouviu um piado corvalino. E de repente mais um piado corvalino. E os piados corvalinos, do nada, começaram a surgir mais intensos e avolumados.
Da janela da cabana, via-se a margem oposta repleta de corvos famintos em busca de um pedaço de carne fresca; o precoce patinho que mal tinha largado as fraldas.
Os corvos, ou abutres, ou urubus, se amontoavam cada vez mais e sobrevoavam a cabana dos patos com uma pachorra inacreditável. Os patos não poderiam vacilar. Qualquer bobeada seria o fim.
Uma das máximas da toada patolina diz respeito exatamente a isso: nunca deixe de amar e proteger seus mortos assim como aos vivos.
A batalha seria dura.
CHARADA

O menino do boné vermelho pra trás senta na guia do meio fio que divide a praça da rua. Espera a máquina tricolor esverdear e conduzir à sua fluidez truncada o trânsito de carros de janelas fechadas e blindadas. As havaianas pequenas deslizam e deixam sua marca no asfáltico solo, incandescente piano de poucas cordas bambas.
Esverdeou. Os paquidermes de Roberto Piva se enfileiram quais gotas d´água sendo comprimidas num frasco de perfume azedo.
No meio das janelas suspensas, destaca-se ao fundo um vidro lascado e trincado e o menino, então, como num corredor escuro que finda num ponto luminoso, caminha diretamente ao rapaz por trás do volante e diz:
- Posso fazer uma pergunta?
O rapaz olha para o menino e diz que sim.
O menino diz:
- Qual é o meio de transporte que não faz curva?
E o rapaz, no seu íntimo inconsciente, lembra que aquela pergunta já lhe havia sido feita num passado de localização inqualificável, talvez pelo mesmo menino da rua, ou não.
E, como se lembrara da pergunta, por certo, mas não óbvio, lembrou-se da resposta:
- Elevador!
O menino fez cara de quem acha que a vida segue rumos estranhos àqueles por nós planejados. A sua frustração evidente estampa-se na cara até quando o rapaz do volante diz como quem tenta dar um conselho:
- Você devia fazer perguntas mais difíceis.
O menino abre um sorriso com um dente faltando e outro mole e se afasta para a guia à espera do momento em que a máquina, novamente, vai lhe trazer, daqui a uma hora, talvez, uma outra janela aberta e disponível.
Esverdeou. Os paquidermes de Roberto Piva se enfileiram quais gotas d´água sendo comprimidas num frasco de perfume azedo.
No meio das janelas suspensas, destaca-se ao fundo um vidro lascado e trincado e o menino, então, como num corredor escuro que finda num ponto luminoso, caminha diretamente ao rapaz por trás do volante e diz:
- Posso fazer uma pergunta?
O rapaz olha para o menino e diz que sim.
O menino diz:
- Qual é o meio de transporte que não faz curva?
E o rapaz, no seu íntimo inconsciente, lembra que aquela pergunta já lhe havia sido feita num passado de localização inqualificável, talvez pelo mesmo menino da rua, ou não.
E, como se lembrara da pergunta, por certo, mas não óbvio, lembrou-se da resposta:
- Elevador!
O menino fez cara de quem acha que a vida segue rumos estranhos àqueles por nós planejados. A sua frustração evidente estampa-se na cara até quando o rapaz do volante diz como quem tenta dar um conselho:
- Você devia fazer perguntas mais difíceis.
O menino abre um sorriso com um dente faltando e outro mole e se afasta para a guia à espera do momento em que a máquina, novamente, vai lhe trazer, daqui a uma hora, talvez, uma outra janela aberta e disponível.
ACAMPAMENTO, parte 1

Num dia, em mil, novecentos e noventa e um, em julho, Eduardo e Daniel vão a um acampamento, de sítio desconhecido, gente aterradoramente desconhecida para dois jovens pré-adolescentes de dez anos cada, habituados ao conforto do lar, aconchego das forças comunicativas de amizade, camaradagem, prosperidade...
Um lugar feito de muito paralelo concreto sobre construção sub-terrestre de fiação e cabo elétrico e tubulação de esgoto do Sr. Amanco.
Poucas gramas verdes, cuja tonalidade se confunde com a areia que sobrou do grão da pedra de fogo que o diabo amassou. Que Deus nos livre e guarde, irmão!
Aterrorizante. As flores não têm cheiro e as mexericas qual sabor seco sem gosto, insosso. As pessoas, uns brutamontes canibais carnavalescos de referência epistemológica quase nula. Os monitores, uns débeis mentais da idiossincrasia revitalizante da auto-estima de um jovem pré-adolescente que pouco saiu do tubo protetor.
Vale pesar, neste momento, alguns fatores importantes, justificadores do método e da linguagem adotados. Primeiro, porque são memórias do pré-adolescente. Segundo, porque este episódio se encontra há dezoito anos entre os cordões da metabiografia sensorial.
O irmão mais velho, por um minuto que seja, se imbui do espírito de proteção e cuidado alheio.
O outro o admira e agradece a sua presença, vacilante contudo, naquele lugar do qual pouco se tem impressões positivas.
Os dez dedos se unem com força e impressionantemente. Muito forte. Nada pode os separar.
A noite é fria com a solidão daquele que observa as estrelas e acha tudo lindo e o brilho prateado que reflete suas silhuetas na imagem da lua, finíssima, presente naquele show anti escatológico, que fortalece o viver do ser humano...medo. inseguro.
Um lugar feito de muito paralelo concreto sobre construção sub-terrestre de fiação e cabo elétrico e tubulação de esgoto do Sr. Amanco.
Poucas gramas verdes, cuja tonalidade se confunde com a areia que sobrou do grão da pedra de fogo que o diabo amassou. Que Deus nos livre e guarde, irmão!
Aterrorizante. As flores não têm cheiro e as mexericas qual sabor seco sem gosto, insosso. As pessoas, uns brutamontes canibais carnavalescos de referência epistemológica quase nula. Os monitores, uns débeis mentais da idiossincrasia revitalizante da auto-estima de um jovem pré-adolescente que pouco saiu do tubo protetor.
Vale pesar, neste momento, alguns fatores importantes, justificadores do método e da linguagem adotados. Primeiro, porque são memórias do pré-adolescente. Segundo, porque este episódio se encontra há dezoito anos entre os cordões da metabiografia sensorial.
O irmão mais velho, por um minuto que seja, se imbui do espírito de proteção e cuidado alheio.
O outro o admira e agradece a sua presença, vacilante contudo, naquele lugar do qual pouco se tem impressões positivas.
Os dez dedos se unem com força e impressionantemente. Muito forte. Nada pode os separar.
A noite é fria com a solidão daquele que observa as estrelas e acha tudo lindo e o brilho prateado que reflete suas silhuetas na imagem da lua, finíssima, presente naquele show anti escatológico, que fortalece o viver do ser humano...medo. inseguro.
PONTO DE FUGA

O ponto de fuga é o meio radioativo da transcedentalidade cosmo corpórea, que, por sua vez, é a demolidora da parodial ruptura infra comunicativa. Superlação diversa não há.
Presença tonificante e espontânea e consciente predia a prazerosa, de canais de perdigotos, a união.
Forma arredondada ilumina com holofotes ultra interinos, com suave docilidade, a sabedoria placto fantasmagórica e vitalizante da extrema jurisprudência negatória. A incredibilidade espantatória não alcança a sua contrariedade reparatória. Por sua vez, o amor é a chave.
Presença tonificante e espontânea e consciente predia a prazerosa, de canais de perdigotos, a união.
Forma arredondada ilumina com holofotes ultra interinos, com suave docilidade, a sabedoria placto fantasmagórica e vitalizante da extrema jurisprudência negatória. A incredibilidade espantatória não alcança a sua contrariedade reparatória. Por sua vez, o amor é a chave.
RECREIO NA ESCOLA DE ARTE DRAMÁTICA

O menino da camisa roxa listrada usa calça jeans. A flor pendurada na árvore seca de outono ao fundo está solitária. A menina de cabelo castanho comprido cruza os braços e leva a mão à boca e repete esse movimento algumas vezes, enquanto o menino que fala fino fala ao celular, cuja frente reflete branco sobre o seu adunco nariz.
Agora eles foram embora.
Um chafariz. Muitos sonhos falando alto ao mesmo tempo. Muitos egos ganhando espaço pela grama mal cuidada como sombra no pé de manjericão da silhueta alheia.
O que se acha bonitinho leva um óculos branco acima da testa, prendendo seu lindo cabelo castanho como tiara. O meninão pede um cigarro. Eu não fumo. A do francês passa do lado da árvore amarela enquanto a menina do violão vai embora de carona num lindo corsa alado prata, quatro rodas.
Umas histéricas riem como gralhas parvas de lusidio bico fino.
Vento frio treme os poros e invade a corrente mágica até a caixa de isopor, que faz mandar a mensagem. Menina bonita deixa seu cheiro de perfume doce e de fruta de meia estação no ar. Um pêssego. Talvez um melão, melancia ou nêspera. É hora. Vou-me embora. Tchau.
Agora eles foram embora.
Um chafariz. Muitos sonhos falando alto ao mesmo tempo. Muitos egos ganhando espaço pela grama mal cuidada como sombra no pé de manjericão da silhueta alheia.
O que se acha bonitinho leva um óculos branco acima da testa, prendendo seu lindo cabelo castanho como tiara. O meninão pede um cigarro. Eu não fumo. A do francês passa do lado da árvore amarela enquanto a menina do violão vai embora de carona num lindo corsa alado prata, quatro rodas.
Umas histéricas riem como gralhas parvas de lusidio bico fino.
Vento frio treme os poros e invade a corrente mágica até a caixa de isopor, que faz mandar a mensagem. Menina bonita deixa seu cheiro de perfume doce e de fruta de meia estação no ar. Um pêssego. Talvez um melão, melancia ou nêspera. É hora. Vou-me embora. Tchau.
CALOURADA RECEPÇÃO – UM ELOGIO À SEXAGÉSIMA PRIMEIRA TURMA DA ESCOLA DE ARTE DRAMÁTICA, ECA-USP (CRÍTICA)

A alva e nada pálida planície vibrante de corpos quentes e firmes e conectados com a terra se transfigura em um supercomputador que gera delirantes e deliciosas reflexões com imagens recheadas e cobertas com poesia...simplicidade...sei lá...o grupo estabelece o concreto. O visível. Física quântica. Química quântica.
A brincadeira de criança faz a cama. Lindo. Convidativo à viagem. O universo infantil, em sua pureza plena e verdadeira, dá vida e ampliada percepção ao jogo cênico.
Busquemos, jovens, essa pureza em sua mais pura verdade. Façamos do simples o momento presente. Sem prevenção. Um momento único a cada segundo...
Parabéns!
Seu Molina
A brincadeira de criança faz a cama. Lindo. Convidativo à viagem. O universo infantil, em sua pureza plena e verdadeira, dá vida e ampliada percepção ao jogo cênico.
Busquemos, jovens, essa pureza em sua mais pura verdade. Façamos do simples o momento presente. Sem prevenção. Um momento único a cada segundo...
Parabéns!
Seu Molina
MORRE AUGUSTO BOAL. Pesadíssima perda para o teatro, para o mundo
E quando algum indefinido micro organismo invade o sistema complexo de Augusto Boal e lhe causa, de maneira rápida e eficiente, a morte? O que fazer?
Um câncer lhe tira o domínio de seu próprio corpo. Leucemia. Qual opressão! Opressão. Oprimido. O teatro do oprimido.
O carioca, que passou dessa para outra aos setenta e oito anos, contribuiu expressivamente para o teatro brasileiro e para o teatro internacional. O teatro do oprimido aborda um método adotado por inúmeros conjuntos, desde os esquimós até os marujos portugueses e europeus. É mundial. Augusto Boal. Enorme perda.
Seu Molina
Um câncer lhe tira o domínio de seu próprio corpo. Leucemia. Qual opressão! Opressão. Oprimido. O teatro do oprimido.
O carioca, que passou dessa para outra aos setenta e oito anos, contribuiu expressivamente para o teatro brasileiro e para o teatro internacional. O teatro do oprimido aborda um método adotado por inúmeros conjuntos, desde os esquimós até os marujos portugueses e europeus. É mundial. Augusto Boal. Enorme perda.
Seu Molina
AS ARANHAS DE SP
Adentrando a uma cápsula superlativa que reside lateralmente à grade de proteção da área de serpentes venenosas, no Instituto do Butantan, se percebe, encolhida e tímida, uma pata fina, machucada, de uma pequena aranha marrom, já velha e cansada da vida no confinamento.
A reunião em volta de Schertich se avoluma mais a cada centímetro que o sol cai no horizonte por trás dos prédios da cidade de São Paulo.
Schertich é a aranha marrom da qual falamos. A anciã é conhecida por sua sabedoria, palavra certa no momento exato.
Para a reunião foi convocada toda a comunidade aracnídea do Instituto, a saber que as tarântulas, por seu tamanho, ficaram responsáveis pela organização estratégica das outras aranhãs durante a reunião.
O motivo da reunião: soluções mirabolantes – concernentes à própria infra-estrutura claustrofóbica vigente – para a sua libertação.
A explanação da pauta terá seu lugar assim que a primeira estrela não aparecer no céu de São Paulo.
As aranhas chegam para a assembléia enquanto Schertich descansa para a longa jornada noite adentro.
A questão da moradia, para ela, já era assunto que lhe perseguia desde a sua mocidade, quando o prazer de construir uma teia junto a alguns galhos secos lhe foi tirado, por ocasião de sua condução arbitrária para o Instituto, onde foi vítima das experiências mais atrozes pelas quais já passou. E a fúria que sentia era sumariamente reprimida pelas luvas de couro cujas mãos que as vestiam queria picar.
De repente, ao se livrar desse repentino pesadelo, percebe que todas as aranhas estão já reunidas, amontoadas à sua frente no pequeno espaço interno da cápsula, se estendendo pelo jardim afora. As mais distantes quase espetam seus traseiros na ponta de arame farpado da grade protetora que circunda a cápsula em todo o seu diâmetro. Schertich faz um gesto para todas sentarem, pedido que é atendido prontamente.
Atenção: as exatas palavras que se disseram na reunião não se pôde compreender, pois são as palavras aracnídeas incompreensíveis ao ouvido humano, como o são tantas outras coisas. Acredita-se, ainda, que o inverso seja verdadeiro. As aranhas nada depreendem da enorme capacidade humana de articulação intelectual.
O que se viu após é digno de uma imagem quase expressionista, em preto e branco, acerca do tema ‘arquitetura das massas’...
Todas as aranhas se levantam juntas e, ao molde do mecanismo de um relógio bastante preciso, se encaminham para fora da grade de proteção. Juntas, ainda, passam pelas cápsulas anexas onde se encontram confinados os escorpiões, que se unem à causa aracnídea.
As serpentes, venenosas ou não, antecipadamente prevenidas do intento de suas vizinhas, às quais aderiram de pronto, fazem as vezes de balizas para o caminho para fora do Instituto.
Chegando num ponto do qual não se pode mais voltar, ou se avança na conquista ou se morre na praia. A indecisão, a falta de perspectivas mina qualquer possibilidade de triunfo.
As aranhas, os escorpiões, as serpentes identificam esse presente instante como um momento para reflexão e colocação das idéias no lugar. A pergunta é: qual o próximo passo? Não se sabe pelo que as aranhas decidiram, seja por causa do vocabulário incompreensível ao ser humano, seja por que não se viu nenhuma ação por parte das mesmas. Talvez, o momento de reflexão e meditação seja, até mesmo para as aranhas, muito importante e precioso.
A reunião em volta de Schertich se avoluma mais a cada centímetro que o sol cai no horizonte por trás dos prédios da cidade de São Paulo.
Schertich é a aranha marrom da qual falamos. A anciã é conhecida por sua sabedoria, palavra certa no momento exato.
Para a reunião foi convocada toda a comunidade aracnídea do Instituto, a saber que as tarântulas, por seu tamanho, ficaram responsáveis pela organização estratégica das outras aranhãs durante a reunião.
O motivo da reunião: soluções mirabolantes – concernentes à própria infra-estrutura claustrofóbica vigente – para a sua libertação.
A explanação da pauta terá seu lugar assim que a primeira estrela não aparecer no céu de São Paulo.
As aranhas chegam para a assembléia enquanto Schertich descansa para a longa jornada noite adentro.
A questão da moradia, para ela, já era assunto que lhe perseguia desde a sua mocidade, quando o prazer de construir uma teia junto a alguns galhos secos lhe foi tirado, por ocasião de sua condução arbitrária para o Instituto, onde foi vítima das experiências mais atrozes pelas quais já passou. E a fúria que sentia era sumariamente reprimida pelas luvas de couro cujas mãos que as vestiam queria picar.
De repente, ao se livrar desse repentino pesadelo, percebe que todas as aranhas estão já reunidas, amontoadas à sua frente no pequeno espaço interno da cápsula, se estendendo pelo jardim afora. As mais distantes quase espetam seus traseiros na ponta de arame farpado da grade protetora que circunda a cápsula em todo o seu diâmetro. Schertich faz um gesto para todas sentarem, pedido que é atendido prontamente.
Atenção: as exatas palavras que se disseram na reunião não se pôde compreender, pois são as palavras aracnídeas incompreensíveis ao ouvido humano, como o são tantas outras coisas. Acredita-se, ainda, que o inverso seja verdadeiro. As aranhas nada depreendem da enorme capacidade humana de articulação intelectual.
O que se viu após é digno de uma imagem quase expressionista, em preto e branco, acerca do tema ‘arquitetura das massas’...
Todas as aranhas se levantam juntas e, ao molde do mecanismo de um relógio bastante preciso, se encaminham para fora da grade de proteção. Juntas, ainda, passam pelas cápsulas anexas onde se encontram confinados os escorpiões, que se unem à causa aracnídea.
As serpentes, venenosas ou não, antecipadamente prevenidas do intento de suas vizinhas, às quais aderiram de pronto, fazem as vezes de balizas para o caminho para fora do Instituto.
Chegando num ponto do qual não se pode mais voltar, ou se avança na conquista ou se morre na praia. A indecisão, a falta de perspectivas mina qualquer possibilidade de triunfo.
As aranhas, os escorpiões, as serpentes identificam esse presente instante como um momento para reflexão e colocação das idéias no lugar. A pergunta é: qual o próximo passo? Não se sabe pelo que as aranhas decidiram, seja por causa do vocabulário incompreensível ao ser humano, seja por que não se viu nenhuma ação por parte das mesmas. Talvez, o momento de reflexão e meditação seja, até mesmo para as aranhas, muito importante e precioso.
1 POEMA CONCRETO
UMA NOTÍCIA BOMBÁSTICA NO MUNDO DA MODA!
OS TUFOS LATINOS DWEK LARGAM, DEPOIS DE ANOS DE FUNDAÇÃO, PROCRIAÇÃO E VACINAÇÃO, ALIMENTAÇÃO, A DIREÇÃO DA TRITON.
QUEM PODERIA IMAGINAR?
AS CAPAS VESPASIANAS DA CALÇA QUE SE USA PARA IR A FÓRUM ACABAM DE PERDER A ADERÊNCIA. A Liliam paty falou que o choque foi geral. Adorei!
QUEM PODERIA IMAGINAR?
AS CAPAS VESPASIANAS DA CALÇA QUE SE USA PARA IR A FÓRUM ACABAM DE PERDER A ADERÊNCIA. A Liliam paty falou que o choque foi geral. Adorei!
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