Àqueles que poucas razões teriam para esquecer das benécies corporativas do senado federal, nos últimos diários de notícia noticiados.


Com vocês, uma citação de Ruy Tapioca...

Que reino é esse em que vivemos?
Furtam-no desde os tempos de Don Dinis!
Pudesse, furtavam-lhe as águas do mar,
A cumprir o dito popular:
‘Antes fanhoso que sem nariz’.

Furtam os reis dos vassalos,
Cobrando-lhes impostos em aluvião!
Pudessem, tributavam-lhes o despertar,
O dormir e o evacuar:
‘A ocasião faz o ladrão’.

Furtam os clérigos dos fiéis,
Cobrando missas e comunhão.
Sábio é o dito popular:
‘Frade a pedir e gato a roubar
Estão cumprindo a sua obrigação.

Furtam os fidalgos dos reis,
E dos que possuem grossos cabedais.
Aprenderam a furtar os pobres,
Surrupiando-lhes os míseros cobres:
‘Grandes ladrões começam pelos dedais’.

Se neste reino todos furtam,
E o furtar é um ver se te avias,
Não seria ocioso indagar:
Se viemos todos a furtar,
Quem vigiará os vigias?

O MERCADO!


No gingado. Escuridão ilumina as trevas. Artifício. Darling. Sorriso pra cá. Sorriso pra lá. Uma boa batida de jazz. Rebolado. E estica a mão. E dá um tchau! E vai. No rebolado. Uma performance prerrogativa do ser em face do gelo seco da concepção corporativa. Vencer. Um assobio. Quem é? É o senhor vassalo das regalias profanas. Medo. Imagem. Exploração dos limites convincentes nas cascatas habitacionais da televisão. Hollywood. E, qual? Um artesão engenheiro de essências, um artista a valer...Que espaço? Recheios inebriantes transbordam e se perdem nas constantes, formas trigonométricas da burocracia vital, peça fundamental da engrenagem da máquina do relógio. Ordem e progresso. Mercado positivista. Atualíssimo. Mercado dos prazeres. Mercado hortifrutigranjeiro. Abóbora, um real. Banana, três e cinqüenta a dúzia. Caldo de cana e pastel.