Crítica - Orgasmatron, um cabaré (jun. 2008)


Assim que se dá o terceiro sinal, é como se a magia fantasmagórica da boracéia percorrece o incremento do palco, dando luz e dimensão cósmica e supersônica ao olhar do espectador, que passa a ver somente sombras.
O mistério de influência cataclismática da micro-caracterização pleunástica da supervalorização vacilante é fruto daquele instante supérfluo, mas efêmero, em que a música toca e as meninas cantam e dançam.
A cristalização sonora, sobretudo quanto à vertente nevráugica relativa à espetacularização do espetáculo, é sofredora daquilo que podemos chamar de espanto, com a qualidade equivocada do momento ignóbil de suporte transportador da experiência vitalícia daquele que espia. Por isso, o espião.
Por outro lado, o fechamento da organicidade discursiva do tema abordado, no bojo do conhecimento identificador da assembléia pública difundida na percepção realizadora da bizarrice sintática nos permite enaltecer aquele que veio de escola cuja ferramentalização sumária é o próprio enaltecimento.
Obviamente, o imperador e o mendigo estabelecem uma relação sincera de dissipação corporal autônoma, inerente ao fazer teatral. Não obstante, a psicologização abstrata e épica da transfiguração emergente demonstra um testemunho quantitativo da reforma estimulante e uma simbologização qualitativa do poder lingüístico da cena contemporânea. Com isso, retrata-se na mulher judia aquilo que na conexão criativa de desenvolvimento espontâneo podemos chamar de cagaço.
A humanidade da completude periodicamente controladora da inconsciência mnemônica superficial revela substancialmente a necessidade labiríntica supressiva, mas ao mesmo tempo estereotipada da perseguição xamânica de rotações.
O surgimento de perspectivas absolutamente enveredadas na relativização hiperbólica da blasfêmia analfabeta é devido à magnitude vertiginosa, confusa e caótica da semiologia foto-digital de Haggen Blüssen, a fim de apreender uma semântica autêntica, de maquiagem vibracional e labiríntica das técnicas confiáveis de usar Bertolt Brecht de forma espectadorizada, tal como se percebe em Ramalevski Zborswki, exemplo mais clarificador relativamente a banquetização da cotidianidade ablonga da superfície espasmódica.
Por fim, a gênese cartesiana e teatralizada misticamente sob o conteúdo programático da Alemanha pós-agudificada reflete a desparcialização do eu inquisidor paradoxal de amorfia retórica do treinamento auto-edificante da paráfrase apoiadora da questão primordial que centraliza a ação dramática e fortemente relaxada no seu sentido mais eqüidistante.
Em outras e últimas palavras, a radicalização do ‘eu genético’ de cada um não pode ser confundido com uma pré-destinação visual e futurística da superação profundamente cultural e ilusionada pela boracéia de magia fantasmagórica, que, sob o ponto de vista da deferência artística e monossilábica da relação pré-interpretativa da economia sustentável da região amazônica, é o ponto de convergência no teatro.

Um comentário:

  1. Seu Molina,

    Esse espetáculo foi maravilhoso.
    Bem que a madame Bete podia pensar em uma reestréia...
    Torço por isso e sei que muitos pensam como eu.
    Beijo grande,
    Marcia

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