A CATALUNHA VAI ACABAR

Ensaio sobre o fim dos tempos

Depois que a Catalunha sofreu ataque antiaéreo chefiado por um navio negreiro que na proa carregava sete bandeiras de cores norte-holandesas e sub-islandesas dispostas sobre mastros de sebo comprados da farropilha carioca no mercado municipal de Olinda, formando, angularmente, uma anedota singular, sobretudo circular, sobre a caracterização de cunho realístico frenético da região oeste, verificou-se que a superblasfemação do cotidiano ilusório e modificado das frutas saponáceas, com seu gosto cítrico e aroma arejante, é pura balela.
Nesse sentido, a disposição científica da abordagem reverberadora de Heiner Muller, no entanto, reflete inversamente a parabólica essência da cafeína boliviana no tocante à rememoração da campanha da vacina contra a febre amarela nos países vermelhos.
Contudo, não se olvida, sobremaneira, a questão concernente à religiosidade satisfatória do tempo jactante, uma vez que a capacidade gramofônica da mitologia ministerial nos permite elucidar a cosmogonia da realidade, em especial no momento de ruptura caótica da esquematização sutil da República de Weimar.
É interessante perceber, ainda, que a episcopal perspectiva radicalizada através da devassidão sublimada da intencionalidade poética da linguagem sugere mais um ponto de conexão entre a poética do espaço e o desejo do saber.
O devaneio que, justamente, inspira a poética relacionada ao desejo do saber, expõe, no seu íntimo, a simplicidade precisamente fenomenológica dos hieróglifos encontrados sob as pedras de hamurabi.
Não só. A origem da linguagem dadivosa é substancialmente interventora da chamada simplicidade fenomenológica. O maior exemplo da vivência poética que nos propõe Bachelard é justamente a sua relação – da simplicidade fenomenológica – com o alvo encantatório da receptividade de imagens originais.
Mas, então, o leitor deve estar se perguntando: o que a Catalunha tem a ver com isso tudo?
A resposta é óbvia e tem sua evidência traduzida na potência especialmente ilógica que nos clarifica Artaud, conciliada às convicções instigantes do alimento espiritual imaginário de Jacques Vaché, que viria a morrer de uma overdose de ópio aos 23 anos de idade. Quem diria?
Mas Artaud, aqui, cumpre a função ontológica da valoração medieval de antinomias formuladas sob a perspectiva do pragmatismo burocrático atual, por meio do qual se elucida grande parte das questões relativas à insubordinação total no discernimento intolerante e seu alcance impotente à arte.
Por outro lado, não se traduz em momento algum aquilo que se pode nomear a exploração vívida do escândalo onírico como um pertencimento hermenêutico da imagem octaviana nos meados do século XX.
Ora, uma vez que não se trata, logo, de uma irresistibilidade precoce dos meios comunicáveis percebidos como contraditórios, não é possível, pois, estabelecer uma conexão certeira entre a tangibilidade relativa do cenário social saneador com a insubmissão romântica fiscalizatória gerada através da via expressiva como instrumento de escritura automática.
Por fim, a clarividência sistemática do vírus latente sobreposto à mostarda amarela eletrificada supõe que o término dos contatos interpessoais se realize não remotamente e, logo, no prevalecimento daquilo que se costuma chamar de caoticidade do fim dos tempos.

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