UDI GRUDI – A DEVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Quem assistiu ao espetáculo do circo-teatro Udi Grudi passou por experiências extra-terrenas, extra-corpóreas e extra-ordinárias, qual um expectador que fica grudado na tela do cinema ao assistir ao clássico ‘A história do mundo’, de Mel Brooks.
Desde o início até o fim, a narrativa se prende em elementos bastante consistentes. As invenções e descobertas tecnológicas, cada uma a seu tempo, dão conta da linearidade quase fidedigna da própria criação divina. Ora, guardadas as devidas diferenças e proporções, não se pode dizer que os detelhes sejam negligenciados, mesmo porque, se assim não fosse, a uma hora de espetáculo seria suficiente para a criação dos seres unicelulares, somente. Mas não é isso que se vê no bem construído espetáculo dos meninos. Na tragetória da narrativa, os seres são criados, as coisas são criadas, as técnicas são criadas, as tecnologias são criadas, assim como as relações. Tudo é criação. A panela que solta fumaça que vira uma locomotiva; a roda misturada com a água que vira um rodamoinho, enfim... É muito legal. É radical. E é engraçado. Uhu! Vale a pena e o ingresso.

Seu Molina

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